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Arquitetos: LAN Architecture
- Ano: 2015
Descrição enviada pela equipe de projeto. A equipe da LAN architecture agency recentemente anunciou a inauguração do “Carré Lumière” em Bègles, subúrbio de Bordeaux, no Sudoeste da França. Os 79 apartamentos encomendados por Ataraxia, uma empresa de administração de imóveis, segue a demolição de torres ociosas do distrito de "Terre Neuve”. Como parte deste projeto urbano supervisionado por SAEMCIB (Sociedade Anônima de Economia Mista de Construção Imobiliária de Bègles) e impulsionados pelo governo local, os objetivos consistiam em exemplificar a habitação coletiva com a intenção de explorar novas proposições dentro da indústria. Esse pedido foi guiado por quatro princípios básicos.
1 – Reinventar a habitação coletiva, ou ao menos considerar formas intermediárias de morar que combinassem a necessidade de privacidade com o desfrute da sociabilidade. O projeto possui as mesmas qualidades de uma casa unifamiliar, com privacidade, espaços externos individuais, independência e facilidade de acesso a espaços externos, sem as desvantagens em termos de impacto ambiental - poluição visual e atmosférica, periferias expandidas, consumo excessivo do solo.
2 – Permitir que as pessoas morem em um lugar que possa evoluir com elas em Bègles em um projeto semi-inacabado, é quase uma "forma em movimento." Sua envoltória maleável tem o potencial de dobrar de tamanho no futuro,e, portanto, dobrar sua capacidade. Cada apartamento pode desfrutar de um jardim de inverno para o espaço interno para aumentar sua área de estar. Em resposta ao crescimento de uma família, os moradores podem acrescentar um ambiente dentro da estrutura que já está construída e podem facilmente desmontar este novo ambiente quando os filhos saírem de casa, por exemplo.
3 – Dar o exemplo de uma "sobriedade econômica"
Bègles foi construída com um preço médio de 1,000€ / m², um preço bem abaixo dos valores atuais desta região. Este resultado é possível graças ao trabalho de racionalização, de controle e gestão de orçamento.
4 – A imagem de um modelo climático específico e sustentável
A parte formal, os requisitos de planejamento urbano, permitiram aos arquitetos utilizar um modelo bioclimático híbrido que complementa o clima nesta parte da França. O desenho bioclimático está a meio caminho de um modelo nórdico com grande isolamento e um projeto com pátio, comum no Mediterrâneo. Se baseia no princípio de compacidade variável, o que introduz a noção da capacidade de adaptação da casa, tanto na grande escala como no ritmo das estações ao longo do ano e das mudanças climáticas. Todos possuem a opção de utilizar o espaço externo como um barra vento ou um pátio de inverno para desfrutar do sol.
Os dois edifícios estão muito distantes dos padrões atuais de produção residencial: estão apenas a sete metros de profundidade, construídos como um estacionamento e ornamentados com motivos industriais. Apesar de alguns dos aspectos radicais deste projeto, rapidamente se tornou parte fundamental da identidade deste novo distrito.
Originalmente publicado em Agosto 12, 2016